quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Análise do relatório da ONU sobre homicídios


Um estudo das Nações Unidas sobre os homicídios em âmbito mundial pôs em xeque a crença dos defensores do desarmamento como política de segurança pública. De acordo com o estudo, não há como se estabelecer cientificamente uma relação entre a quantidade de armas em circulação e as taxas de homicídio, sendo possível, inclusive, que esta correlação se opere de forma inversamente proporcional.
O relatório, divulgado no início deste mês, é fruto de estudo do Escritório da ONU para Drogas e Crimes da organização. “É a primeira vez que as Nações Unidas reconhecem inexistir comprovação científica de que a redução na quantidade de armas em circulação possa reduzir a criminalidade, fato que, até então, vinha sendo tomado como verdade absoluta”, afirma Bene Barbosa, especialista em segurança pública e presidente da ONG Movimento Viva Brasil.
Para Barbosa, alguns aspectos do relatório são cruciais para o entendimento do fenômeno da violência: “Primeiro, temos que considerar a contundente afirmação registrada no relatório de que a absoluta maioria dos proprietários de arma de fogo não tem nenhuma correlação com atividades criminosas e usam estas para finalidades lícitas, como instrumento de defesa”.
Outro dado digno de destaque no relatório da ONU, segundo o especialista, "é o também inédito registro, em um estudo da ONU, de que a relação entre armas e homicídios é completamente falha, pois são vários os exemplos de locais em que o acesso àquelas é facilitado e as taxas de homicídio são baixas, da mesma forma que, em outros locais com armamento escasso, os homicídios são altíssimos”.

O EXEMPLO DO NORDESTE

Já para o pesquisador em segurança pública Fabricio Rebelo, coordenador do Movimento Viva Brasil no Nordeste, o estudo há de ser recebido com naturalidade: “Desde a divulgação do ‘Mapa da Violência 2011’, em fevereiro, já havia ficado claro que, no Brasil, a relação entre a quantidade de armas e a de assassinatos é imprópria, pois que a região do país campeã em tais crimes é a mesma onde há menos armas em circulação: o Nordeste.”
Para o pesquisador, “o relatório da ONU é a ratificação, em âmbito mundial, de todos os estudos que já vinham demonstrando que não há qualquer relação entre a facilidade de acesso do cidadão às armas de fogo e o aumento nas taxas de homicídios, os quais, em verdade e como também registra o estudo, estão diretamente relacionados às atividades criminosas, como o tráfico de drogas”.
“O relatório, tendo como origem justamente a entidade que mundialmente mais vinha se empenhando pelo desarmamento, deve, no mínimo, promover uma profunda reflexão naqueles que defendem a tese apenas por uma questão de ideologia”, conclui Rebelo. O relatório do estudo, na íntegra, pode ser acessado na página do Escritório da ONU para Drogas e Crimes: 

Matéria do jornal O Estado.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Karambit e Eskrima


Interessante vídeo demonstrativo de Eskrima com karambit (*).

Karambit



(*) Karambit: faca curva, em formato de garra, com um anel em sua parte posterior.


sábado, 21 de janeiro de 2012

3000 visualizações



Ultrapassamos as 3000 visualizações de páginas com 58 postagens! Ao longo do último mês, recebemos visitas  do Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Rússia, França, Portugal, Canadá, Filipinas e África do Sul.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Musashi


Miyamoto Musashi foi um extraordinário guerreiro, nascido como nome de Shimen Takezo na província de Mimasaka, na província de Miyamoto, em 1584. Autodidata, ele viajou durante vários anos envolvendo-se em duelos,  assimilando e desenvolvendo técnicas. Diz-se que se envolveu em sessenta duelos, sem derrotas. O caminho do guerreiro, como aperfeiçoamento, tornou-se uma obsessão para ele. Os duelos supriam a ausência de guerras. Isso, claro, não era muito bem visto pela sociedade.
Geralmente, os samurais usavam a katana com as duas mãos. Musahi desenvolveu um estilo novo, permitindo o manuseio de duas espadas - a longa (katana) e a curta (wakizachi), uma em cada mão. Mas, no confronto com um adversário hábil, adotava apenas uma lâmina, reservando sua técnica ao confronto com vários simultaneamente. Esse estilo foi conhecido como nito ichi ryu (duas espadas, uma escola) ou niten ichi ryu (dois céus, uma escola).
Menos conhecida é sua habilidade como pintor. Ele acreditava que o guerreiro deveria praticar outras formas de arte, como a poesia ou a pintura, a fim de equilibrar a espada e complementar sua percepção da realidade.
Em 1643, começou a escrever um livro que influenciou a esgrima japonesa e, posteriormente, a estratégia militar em todo o mundo - Go Rin No Sho (O Livro dos Cinco Anéis). Hoje, indicado em cursos de administração e estratégia.
Escreveu, também, o Dokudo - o Caminho da Auto-Confiança (em 1645), compreendendo 21 frases que orientariam seus seguidores no Caminho do Guerreiro. Originalmente, foram endereçadas a Magonojo Terao, seu aluno. Suas idéias foram claramente influenciadas pelo zen-budismo e pelo confucionismo. Faleceu nesse mesmo ano.

A partir do século XX, ele passou a desfrutar de uma imensa popularidade, graças ao romance de Yoshikawa - Musashi -, incialmente produzido em forma de série. No Brasil, a obra é encotnrada em 2 volumes. Filmou-se uma trilogia, considerada um clássico do cinema japonês, na década de 50, com o ator Toshiro Mifune, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro por sua atuação.

E escreveram-se revistas em quadrinhos (HQs) - Vagabond - de grande sucesso, nos Estados Unidos, Japão, Brasil e Itália.
Sua vida e obras influenciaram guerreiros, artistas marciais, administradores e estrategistas em todo o mundo.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ninjutsu



O ninjutsu é uma arte marcial japonesa que nasceu há cerca de 900 anos, no Japão Feudal, a partir da necessidade do emprego de espiões (século VI). Consistia num conjunto de técnicas que permitia ao agente sobreviver em todas as situações, em um campo de batalha. Ele foi o resultado da fusão do Kempo chinês com as artes samurais. Contudo, os ninjas seguiam um código de conduta diverso. Foram os primeiros a usarem a pólvora como arma no Japão, considerada uma forma covarde pelos samurais.
Com o passar dos anos, os ninjas passaram a trabalhar como mercenários, O governo japonês usou-os até a Segunda Guerra Mundial. 
Toda e qualquer objeto poderia ser utilizado pelo ninja para vencer seu adversário, de um lenço a um guarda-chuva. Pouco importava a relação de igualdade ou equilíbrio entre os combatentes. Contudo, no imaginário popular, algumas armas ficaram atreladas à sua imagem, como a Ninja-to (espada reta e curta) e a shuriken (estrela de arremesso).
O ninjutsu chegou ao Ocidente na década de 70, por dois homens - Doron Navon e Stephen Hayes. Buscavam algo diferente e encontraram um mestre em ninjutsu, de uma linhagem tradicional, contratando-o para ensinar. Na década de 80, houve uma grande leva de filmes comerciais (de qualidade duvidosa) explorando a figura mítica do ninja, o assassino das sombras. Em 2009, ele reapareceu nos cinemas com Ninja Assassino (Ninja Assassin), com cenas de lutas muito bem coreografadas (como nunca se viu antes) e efeitos especiais convincentes.

Há 18 disciplinas ninja:

  • Taijutsu (combate desarmado)
  • Kenjutsu (arte da espada)
  • Shurikenjutsu (arte do arremesso de shuriken
  • Söjutsu (arte da lança)
  • Böjutsu (arte do bastão longo)
  • Naginatajutsu (arte do manejo da naginata (bastão com facão)
  • Kusarigamajutsu (arte da foice com corrente)
  • Kayakujutsu (arte dos explosivos e pirotecnia)
  • Hensojutsu (arte da camuflagem e disfarce)
  • Shinobi Iri (técnicas para caminhar silenciosamente)
  • Bajutsu (equitação)
  • Sui-ren (treino aquático)
  • Boryaku (estratégia militar)
  • Choho (espionagem)
  • Intonjutsu (arte da evasão)
  • Tenmon (meteorologia)
  • Chi-mon (geografia)
  • Seishinteki Kyoyo (refinamento espiritual)


Para saber mais:


Knife Self-Defense for Combat. Michael D. Echanis



Michael D, Echanis foi instrutor sênior na UDT-21, SEAL-2, combate corpo-a-corpo, Escola de Armas Especiais para Instrutores. Ele apresenta 30 técnicas distintas para o desarme e controle do atacante com faca. Há grande quantidade de referências históricas da faca em combate. Uma interessante adição a qualquer biblioteca sobre sobre combate corpo-a-corpo, ou para entusiastas da faca como instrumento de defesa.

Knife Self-Defense for Combat, de Michael D. Echanis, Black Belt Books. 103p. 


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Balintawak Eskrima Corridas




Interessante vídeo demonstrativo do estilo Balintawak Eskrima System. Simplicidade nos movimentos. Eficiência.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A Identidade Bourne (The Bourne Identity)

Aos fãs de bons filmes de policial/espionagem, com excelentes cenas de ação, uma sugestão: A Identidade Bourne. Nas cenas de luta, observam-se movimentos de Eskrima (Kali Silat, Arnis de Mano ou FMA).



Nome original: The Bourne Identity
Direção: Doug Liman
Lançamento: 2002
Países: EUA, Alemanha, República Checa
Elenco: Franka Potente, Matt Damon, Chris Cooper, Clive Owen, Brian Cox






terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pangamut

Pangamut é o conjunto de técnicas desarmadas filipinas, oriundo do Kali Silat, Eskrima ou Arnis de Mano.

Compreende:

  • Panantukan: técnicas de mãos, cotovelos e cabeçadas
  • Pananjakman: técnicas de chutes e joelhadas
  • Dumog: combate curto, projeções e chão
  • Trankadas: técnicas de chaves

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Treino de combate com facas



Drill básico. Ataque (estocada) e defesa (espalmo). Drills são essenciais para se desenvolver o timing, diminuir o tempo de reação e a memória muscular.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Kendo

Kendo (Caminho da Espada) é uma tradicional arte marcial japonesa cuja origem está no manejo e combate de espadas pelos samurais. Por volta de 1350 DC, observou-se uma grande evolução no manejo da espada. E, a partir de 1467 DC, com as guerras civis (que perduraram cerca de 100 anos), desenvolveram-se as técnicas no uso da espada. Formaram-se diversas escolas, difusoras do conhecimentos.
A partir de 1615 DC, estabeleceu-se claramente o sistema de classes. Ao sistema de manejo de espadas, acrescentaram-se valores filosóficos e espirituais, oriundos do zen-budismo e do confucionismo. Paralelamente, as técnicas se refinavam. Passou-se a usar a espada de bambu no treinamento. O Kendô passou a ser visto como caminho de busca para a vida e realização humana, em um sentido mais amplo.
No Período Meji, foram introduzidos diversos elementos culturais europeus; o governo buscava a modernização. Como consequência, a cultura tradicional japonesa foi relegada a um segundo plano. Em 1876, a classe dos samurais foi oficialmente extinta e a prática do Kendô abolida nas escolas, levando-a quase à extinção. Mas, em 1890, volta a ser ensinada, como atividade extra-curricular.Em 1895, foi criada uma associação - A Associação Nippon Butokukai - com a finalidade de congregar todas as escolas de Kendo, restabelecendo-se seu desenvolvimento e difusão.

Katana

Com a derrota na II Grande Guerra Mundial, em 1945, a prática do Kendo foi proibida. Em 1952, com o Tratado de Paz em vigor, essa arte, mais uma vez, se revitalizava, criando a Liga Nacional de Kendo. Contudo, o Kendo adaptou-se aos novos tempos. Nascia o embrião do Kendo contemporâneo.
O Kendo chegou ao Brasil através dos imigrantes japoneses, em 1908, praticado, inicialmente entre japoneses e seus descendentes. Em 1933, em comemoração aos 25 anos de imigração japonesa no Brasil, os praticantes de Judô e Kendô fundaram a primeira associação de Judô e Kendo - Hakoko Ju-Ken Do Ren-Mei.

Bokuto

Com a derrota do Japão na II Grande Guerra, escolas de língua japonesa foram fechadas e manifestações da cultura japonesa proibidas. Anos depois, o Kendo voltou a ser ensinado, em 1959, com a criação da primeira Associação Brasileira de Kendo.
Estima-se que haja, hoje, no mundo, cerca de 2.000.000 de praticantes de Kendo, dos quais 1.200.000  encontram-se no Japão.

Shinai

A prática do Kendo não se limita ao uso da Katana (espada longa japonesa), Bokuto (espada de madeira) e do Shinai (espada de bambu). Abrange, também a prática do espírito e da etiqueta (Reigi). Seu objetivo é disciplinar o caráter humano pela aplicação dos princípios da Katana.



Para saber mais:

Confederação Brasileira de Kendo
Instituto Niten


Treino de combate com facas

Drills, ataques e condução.











domingo, 1 de janeiro de 2012

2012

2012 começou. Desejo a todos um ano repleto de boas surpresas, vitórias, paz e amor.